quarta-feira, 15 de julho de 2009

O SOM E A FÚRIA

O Som e a fúria - William Faukner
331 páginas - Editora Cosac & Naify
Tradução: Paulo Henriques Britto
Gênero: Romance, clássico
Por que leu este livro?
Porque é uma das melhores obras de um dos melhores escritores de língua inglesa, e pela forma como o autor narra a história. Faz com que os personagens pareçam ter vida e façam realmente parte da história.
O livro é sobre...
O desmembramento de uma família fracassada, destruída pelo comportamento do pai alcoólatra e dos filhos desequilibrados, no início do séc. XX (década de 20), que ainda viviam resquícios de escravidão.

Uma negra, Dilsey, antiga empregada, é o símbolo da resistência dos escravos e da vida.

Na história há também como protagonistas os três irmãos: Benjamin (o idiota, inspirado no drama Macbeth de Shakespeare), um retardado adulto que vive como uma criança sem fala, o que faz seu texto ser mais irregular e difícil;
Quentin, estudante de Harvard, suicida e suspeito de incesto com sua irmã Candy;
Jason, racista, revoltado por ter um irmão retardado, por não ter recebido dos pais a chance de Quentin para estudar, e por ter uma irmã devassa.

Pontos fracos?
Não há pontos fracos no livro, há sim a exigência de um leitor mais afeito a romances bem construídos e que exigem a atenção total do leitor.

O que achou mais interessante?
A forma como Faukner inspirou-se no idiota da citação de Shakespeare, em Macbeth, que diz que a vida é “uma história cheia de som e fúria, contada por um idiota e que não significa nada”, e como desenvolveu esse personagem, colocando-o para abrir o livro.

O idiota é um retardado mental de quem lemos suas impressões e pensamentos mal formados; no entanto, isso nos faz perceber melhor o mundo como ele vê e ter sua visão do que está a sua volta. Realmente uma grande idéia.
O livro todo é repleto da voz e pensamento de seus personagens, como se nos encontrássemos dentro de suas cabeças.
Para quem recomenda?
Recomendo para todos os leitores que gostam de romances bem elaborados, criativos e profundos, tratando de dramas sombrios da vida que mechem com quem os lêem.

Que nota você dá?
10
William Lial - Blog

8 comentários:

Depois dos 25, mas antes do 40! disse...

Achei a resenha muito boa e fiquei com vontade de ler. Parece bem interessante e um romance daqueles de prender até o final.

Beijos e parabéns pela resenha!

Flavia

Anônimo disse...

Meninas, Flávia e Geórgia:

Obrigado pela publicação da resenha. Leiam o livro, vocês e suas leitoras, e leitores, quando puderem; o meu xará William Faulkner foi um grande escritor. Leiam também “Palmeiras Selvagens”, é outro clássico do autor. Quem sabe, numa outra ocasião comento este último.

Um beijo!

Mari Amorim disse...

Parabéns Georgia e Flávia
a publicação da resenha pelo William Lial,pertinente
Boas energias

Marina G. disse...

A resenha está ótima! Fiquei bem curiosa para ler, gosto de livros criativos e que exigem bastante atenção.
Beijos :*

Sonhos melodias disse...

Ainda não li nada desse autor e pela resenha do William, já está em minha lista. Obrigada.
Bjs

Anônimo disse...

Com certeza é um livro difícl. Não prende a atenção, não. Você tem que se forçar a termnar. Mas é muito bom. Se puder, leia no original.

Anônimo disse...

Bem, Bárbara, ele prendeu bastante a minha atenção. Mas é claro, exige um certo costume com leitura de um nível mais elevado, mais elaborado. Entretanto, é um livro que merece estar em toda boa biblioteca!

Um abraço!

William

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ disse...

William, obrigada por aceitar o nosso convite.

Nossa! achei fortíssima resenha imagina o romance...

Um abraco

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