sábado, 16 de janeiro de 2010

Degredado em Santa Cruz

Quantas páginas? 109
Editora: FTD
Gênero: Romance Histórico

Por que leu este livro?
Gosto muito dos livros dessa autora, e já os elogiei aqui e no "O que elas estão lendo", além de outros sites de livros. Então, quando saiu este, a Sônia me presenteou com um exemplar. Foi uma saga para os correios entregarem, mas não vem ao caso.

O livro é sobre ...
O livro se baseia em fatos e personagens reais e narra a história do degredado que Pedro Álvares Cabral deixou no Brasil. Mas como diz a própria autora, no final do livro foi preciso acrescentar um pouco de ficção, já que sao poucos os documentos sobre a viagem do Descobrimento do Brasil e sobre a vida do degredado cujo nome era Afonso Ribeiro.

O que achou mais interessante?
Os livros escolares nos ensinam muito pouco como era a vida no mar por essa época. A total falta de conforto (a nao ser os oficiais que tinham acomodacoes no castelo de proa , todos dormiam no chao espalhados pelo convés), as sujeiras, os castigos violentos aplicados a quem cometia alguma falta. Há uma descrição minuciosa, às vezes engraçada, baseada na carta de Pero Vaz de Caminha, de como foram os primeiros encontros entre os nativos e os descobridores. Triste, mas interessante também, foi saber que as crianças órfas eram recrutadas à força como grumetes e tinham que trabalhar duro ou recebiam castigos.

Outro capítulo que chamou minha atenção foi onde descreve um festim de antropófagos. E o modo como o português consegue uma desculpa para nao ter que comer carne humana- o que acontece em seguida, nao vou contar, para não estragar a surpresa.
E quando pensamos que a história está praticamente terminada, há uma reviravolta na vida de Afonso, que tenho outra vez que me silenciar para nao contar tudo aqui. Mas o livro é de se ler numa tacada só.

Pontos fracos?

Nao encontrei nenhum.

Para quem indica?
Para quem gosta de História do Brasil e para quem nao gosta também, pois é um livro de aventuras que seria divertido. Indico também para escolas que nao gostam de decorar fatos e datas nas aulas de História. Aqui eles vao aprender esses fatos de forma divertida. E para adultos de todas as idades (eu gostei muito e minha mae também leu e o adorou.)


De um a dez, qual nota você dá?

Dez




14 comentários:

Sonia Sant'Anna disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sonia Sant'Anna disse...

Oi, Georgia. Muito obrigada por suas palavras elogiosas e pela "força" que você sempre me dá aqui no blog.
Beijos.
PS: quem quiser ler uma prévia do livro, basta clicar em http://www.soniasantanna.com.br/degredado.htm

Janaina Amado disse...

Puxa vida, Georgia, tenho o maior interesse no assunto - obrigada pela dica. Vou ao site que a Sônia indicou. Beijo, e ótimo final de semana.

Pedrita disse...

fiquei curiosa, parece interessantíssimo. beijos, pedrita

Wagner disse...

Eu já li o livro e o recomendo! O texto flui de forma surpreendente e a narrativa se mantém atrativa o tempo todo. É interessante salientar que a "reconstrução" de fatos históricos que a Sonia fez aponta diversos episódios que Pero Vaz de Caminha jamais citou em sua célebre carta — justamente por que ele não permaneceu no Brasil. Por isso, o "testemunho" de Afonso Ribeiro, que ficou no país recém-descoberto, acaba sendo bem mais rico e completo do que a carta de Caminha.
O livro tem ilustrações belíssimas que, de tempos em tempos, iluminam a narrativa do protagonista. Livro recomendadíssimo!

A Cor da Imaginação disse...

Adorei a resenha. Acho que vou ler esse livro.

Beijossssssssss

Anônimo disse...

Adoro ler os pontos de vista das pessoas queescrevem aqui suas resehas. Esse blog so podia mesmo ser um sucesso,parabens!
Beijos da Cam

Sonia Sant'Anna disse...

Se a Janaína Amado é a mesma que estou pensando, você é citada no final do livro, quando me refiro às fontes consultadas. No seu caso, "O Ato Notarial de Valentim Fernandes", in Revista do programa de pós-graduação em História da UnB.

angel disse...

Embora tenha alguma ficção o livro parece mostrar um lado da história que não se comenta nas escolas. Por exemplo a sujeira que eram os navios sem falar das pessoas que não tomavam banho e para disfarçar o fedor usavam perfumes, algumas tentavam esconder os piolhos debaixo de perucas.

Angel

Sandra disse...

Não li o livro ainda.
Mas vejo que atrevés da resenha é bem convidativo.
despertou a curiosidade.
Gostei.
http://sandraandrade8.blogspot.com.

Dalva Nascimento disse...

Fascinante... livros históricos me agradam muito!

Bjs.

Anônimo disse...

Oi Ge!
Livros assim deveriam ser adotados nas escolas mais frequentemente, como um suporte tanto às aulas de português e literatura, quanto às aulas de história! =)
Xerus
=***

Sonia H disse...

Olá, Georgia,

Amei a tua resenha. Você conseguiu me deixar muito curiosa!
Gosto muito de ler temas históricos em especial a sobre nossa história.
Beijos,

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ disse...

Nay, respondendo a sua pergunta:

Todos os livros da Sonia, têm sido adotados em escolas. Tanto os para adultos, que são adotados em escolas de segundo grau, quanto os infanto-juvenis, adotados no grau fundamental. Aliás, Degredado em Santa Cruz foi publicado pela FTD, editora especializada em livros didáticos, para-didáticos e em literatura para jovens, e são divulgados nas escolas.

Inconfidências Mineiras, um outro livro dessa mesma autora para adultos, foi indicado como leitura obrigatória para o vestibular de 2005 da Universidade do Pará, e, em 2007, para o vestibular da Universidade Federal da Paraíba.
Além disso, Inconfidências Mineiras e Barões e Escravos do Café foram adquiridos pelo programa PNBE (Programa Nacional Biblioteca na Escola), para distribuição em escolas de todo o país.
Isso deixou a autora muito contente, já que, segundo uma estatística, a História só perde para a Matemática na rejeição por parte dos estudantes. E seus livros mostram que História pode ser lida com prazer, como um romance - o grande romance da Humanidade.

Um grande beijo

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