terça-feira, 15 de julho de 2008

O QUINZE - DIA QUINZE - DIA DO NOSSO HOMEM DO MÊS

“As Brasas” - Sándor Márai
172 páginas - Companhia das Letras
Gênero – Romance
Tradução — Rosa Freire D'Aguiar

Por que resolveu ler este livro?
Ganhei o romance de presente de uma amiga que havia adorado a forma como a história é contada, e queria muito que eu o lesse também. Confesso que não estava muito animado, pois já havia lido outro livro do mesmo autor que não tinha me agradado muito. Mas essa impressão desapareceu assim que li a primeira página.

O livro é sobre...
Basicamente sobre a amizade e seus possíveis desdobramentos para o bem e para o mal. Assim, questionamentos sobre lealdade e traição estão (ou poderiam estar) o tempo todo em destaque. Mas seria injusto "limitar" o romance (bem como seu tema) a apenas umas poucas linhas escritas segundo minhas impressões. É bem provável que outros leitores tenham percepções diferentes das minhas.

O que achou mais interessante?
A narrativa é de uma elegância e fluidez dignas de registro. Além disso, a precisão com que o autor disseca a amizade é espantosa — e, curiosamente, quanto mais ele procura desvendar esse sentimento, menos temos certeza do que ele pode significar.

Pontos fracos?
Não consegui identificar nenhum.

Para quem indica?
A todos os que apreciam Literatura com "L" maiúsculo e estejam interessados em textos de qualidade. Sem contar o atrativo de poder descobrir um pouco da Literatura Húngara.

Dê um a dez, qual nota você dá?
Notas são sempre muito pessoais... mas eu não poderia dar menos de 10. E acrescento que foi um dos melhores livros que já tive a oportunidade de ler

Wagner Campelo - Leia uma resenha do livro aqui: http://hebdomadario.wordpress.com/category/sandor-marai/


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4 comentários:

Anônimo disse...

Já li comentários em que se compara o coronel Henrik, personagem do livro de Márai, ao Bentinho de Machado de Assis, que, em Dom Casmurro, vive retirado, torturado pela dúvida de se foi ou não traído pela mulher. O que, aliás, não é importante, o que importa é o tormento, de quem vive essa dúvida, magistralmente bem narrado pelos dois autores numa escrita refinada.

Depois dos 25, mas antes do 40! disse...

Eu fiquei com muita vontade de ler este livro. Ontem mesmo comprei um livro que foi indicado aqui "Amor líquido". Vou colocar este na lista com certeza.

Bjos

Vivi disse...

Ultimamente, tenho ouvido falar muito bem desse autor. E com essa crítica muito bem feita, por sinal, minha vontade em ler a obra de Marái aguçou.

Abraços

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ disse...

O Wagner uma vez em seu blog fez um post falando sobre esse livro. Eu fiquei tao curiosa para lê-lo que a primeira amiga que foi ao Brasil eu pedi que me trouxesse o livro. Eu o li num fôlego só e dpois voltei para lê-lo devagar. É simplesmente divino o diálogo monólogo travado entre os doios amigos depois de mais de 40 anos.

Wagner, valeu mesmo e muito obrigada.

Grande abraco

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