terça-feira, 20 de maio de 2008

O LIVREIRO DE CABUL


“O livreiro de Cabul” - Äsne Seierstad
316 páginas - Record
Gênero: Política, Romance

Por que resolveu ler o livro?
Porque conta a experiência da própria autora, uma jornalista norueguesa que conviveu 3 meses com uma família afegã.

O livro é sobre...
As mulheres de burcas, suas vidas que são decididas pelo patriarca da família, a diferença cultural, que é estupenda. É um choque.

Äsne Seierstad, a autora, foi hóspede e conviveu com a família de Sultan Khan, o mais famoso e ambicioso livreiro de Cabul. Por causa de seus livros ele foi preso e viu seu acervo queimado. Ele era o livreiro mais antigo e todos o temiam. Tornou-se o homem mais importante de Cabul quando resolveu acabar com o analfabetismo de seu país.

Para atingir seu objetivos, Sultan Khan usava as pessoas. Até os próprios filhos, prejudicando seus estudos para que ele pudesse vender seus livros. Se por um lado queria ver seu país alfabetizado, por outro não permitia que seu filho mais velho estudasse porque precisava dele trabalhando na loja. Era um homem irracional quando tratava-se de vender livros. Pessoas e suas necessidades não importavam. Queria ficar conhecido como o mais famoso livreiro de Cabul.

A convivência da jornalista com essa família deu a ela o direito de conhecer os segredos dessas mulheres. Suas desilusões, decepções e sonhos destruídos por um mundo machista.

Pontos positivos
Mesmo com tanto sofrimento as mulheres achavam um caminho para buscar a felicidade. Procuravam manter a esperança no esmalte de unha ou vestidos que podiam usar, em sandálias que podiam mostrar ou na cumplicidade de um olhar. Queriam estudar e trabalhar livremente.

Pontos fracos
A realidade que vim a conhecer. Fiquei com raiva do machismo e desigualdades no país.

Para quem indica?
Para as pessoas que gostam de conhecer outra cultura e para as jovens que pensam que sua vida é dura.

De um a dez, qual nota você dá?
Apesar do romance ser muito bom, eu dou 8. Por ter- me feito ficar com muita raiva do machismo que existe neste país.

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15 comentários:

Celia Rodrigues disse...

Tem-se falado muito deste livro nos últimos tempos. Ele já faz parte da lista dos livros que pretendo ler em breve. Assuntos que envolvem cultura, comportamento e história me chamam muito à atenção. Com certeza essa é uma ótima dica. Abraço!

Depois dos 25, mas antes do 40! disse...

Eu amo esta jornalista!!! Amei este livro! Já lia sobre estes assuntos antes dela escrever, mas a maioria em inglês, porque antes dela não era tanta febre a não ser aquela trilogia da princesa.

Eu li, inclusive, o livro que o livreiro de Cabul fez em resposta. Chatérrimo!!! Eu entendo o lado dele que abrigou Asne e ela saiu detonando tudo como se fosse um sensacionalismo. Como li muitos livros sobre o assunto, inclusive, My Forbidden face, que é mucho melhor que o Livreiro de Cabul e você consegue entender o contexto perfeitamente e percebe que o da Asne é, realmente, um tanto inconsequente. Ela é uma boa contadora de histórias e inventa um bocado, mas mesmo assim, eu AMO os livros dela!!!!!

Beijocas

Flavia Mariano

Sergio disse...

Olá, Georgia!

Que blog limpinho...rs..parece apatamento onde so mora mulheres...rsrsrs
Uma dica pra voces...´´Paula`´, de Isabel Allende...para quem gosta de emoçoes.

Um beijo

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ disse...

Pois é célia, este livro vale mesmo a pena de ser lido porque vc aprende muito sobre a cultura de outros países. O que essas mulheres por lá sofrem por causa de uma tradicao nao é brincadeira. Aprendi muito a valorizar a minha liberdade depois que o li. Mas se prepare para odiar o machismo dos homens que chega mesmo a ser um abuso.

Flavia, creio que a Äsne aproveitou bem a estadia dela por lá e é claro que em se tratando de dinheiro ele iria espernear a parte dele.Mas acho também que ela contou de uma maneira muito interessante a vida das mulheres e suas necessidades. Somente uma mulher poderia escrever sobre elas já que naquele país os homens sao machoes demais.

Beijao em vocês.

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ disse...

Sérgio, homens também sao muito bem vindo. Você gostaria de ser nosso homem de julho? Você poderia entao nos falar sobre este livro.

Me responda, ok?

Abracos e obrigada por ter vindo.

Melina F. disse...

Nossa, fiquei com vontade de ler o livro!
E olhe que eu evito os livros sobre outras culturas, sobre mulçumanos, israelistas, etc. Porque sempre achei tudo muito trágico. Evito o "Caçador de Pipas" por causa do trauma que tive com "Mohamed - O Menino Afegão" na quinta série. O menino tinha uma vida muito dolorosa, em meio a tantas bombas e tudo mais...e o tipo de leitura não me agrada.

Mas, acho que vou procurar ler esse :D

Melina F. disse...

http://www.submarino.com.br/books_productdetails.asp?Query=ProductPage&ProdTypeId=1&ProdId=188673&ST=SE#javascript;

O livro que falei foi esse =)
Acho que se duvidar, ainda acho ele aqui em casa ;D

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ disse...

Oi Mel, é verdade. Geralmente essas histórias culturais contam um lado muito trágico do povo no Oriente. O livreiro de Cabul neste aspecto é mais suave. Ele narra mesmo as dificuldades das mulheres em relacao ao machismo dos homens. A Äsne, foi bem feliz quando escreveu os sonhos dessas mulheres.
O cacador de Pipas, é mesmo trágico e chocante. O livreiro de Cabul é diferente neste aspecto. Tenho certeza que você vai gostar da leitura. Fui ver o link por vc aqui deixado. O livro está esgotado. Agora eu fiquei com vontade de lê-lo.
Que bom que vc já recebeu o questionário, legal.

Grande beijo

Chris Rodrigues disse...

Depois do sucesso do Caçador de Pipas, conhecer estas culturas mais fechadas, como a deste livro nos desperta curiosidades grandes e tantas coisas a aprender.

Espaço pra lá de bom...bjos a todas

Mile disse...

Este será meu próximo livro, já comprei.
Já respondi as perguntinhas sobre o livro que estou lendo e assim que puder envio com foto.
Bjoks

Raquel Pauluci disse...

Lí este livro! Achei o livro incrível, pois ele nos conta uma história que não estava ao nosso alcance.
É uma historia impressionante!
O que não gostei e que mostra o lado muito machista dos homens de lá!
Fiquei pensando como uma mulher pode viver daquele jeito!
Não podendo espressar seus sentimentos.
Aconselho a todos que gostam de culturas diferentes ler este livro!

Beijos

Anônimo disse...

Eu achei esse livro legal,mas muitos capitulos são tristes porque mostra como a mulher é tratada em Cabul como se fosse um objeto de consumo do homem,mostrando que aqule país ainda não evoluio em muitos sentidos, e a autora do livro soube aproveitar isso muito bem.

beijos

Anônimo disse...

Asne Seierstad é uma otima jornalista. Ela retratou muito bem no Livreiro de Cabul a cultura e os costumes de lá, ela retratou isso com muito clareza e sutileza.
Vale a pena ler.

Bahá'í disse...

Tahirih " A Pura"

Sem o amor Tahirih, conhecida como "A Pura",seguidora do Báb, jamais teria no Irã, retirado o véu de seu rosto, finalizando doze séculos de dominação das potencialidades da mulher e oferecendo a vida como um resgate por uma nova história, revelando o rosto materno da divindade.

A igualdade de direitos e oportunidades para o homem e a mulher passa a ser um dos predicados para uma Nova Ordem Mundial. Desde seus primórdios, com a designação de uma mulher extraordinária como discípula nesta Causa, a poetisa Tahirih (1817-1852), que protago-nizou um drama único nos anais da história religiosa e cujas palavras finais ante aqueles que lhe tiraram a vida ecoam ainda hoje como fonte de consolo para a libertação feminina: "Podeis me matar quando bem o quiseres, mas não podeis impedir a emancipação das mulheres". Visualizando a humanidade como um pássaro, no qual uma asa representa o homem e a outra asa, a mulher, para concluir que o pássaro não pode alçar vôo no espaço ilimitado sem o equilíbrio entre as asas. Neste aspecto, Sua mensagem soou como "um dobre de finados" pelos longos séculos em que a mulher fora brutalmente discriminada.
*****************************

Querida Georgia, obrigada de todo meu coração, pelo seu carinho e seu comentário sobre a "Chama da Paz". Seu trabalho é importantíssimo para nós mulheres que ainda sofremos muitas formas de discriminções, mesmo assim acredito como Tahirih disse:"Podeis me matar quando bem o quiseres, mas não podeis impedir a emancipação das mulheres".

Convido voce e toda sua rede e amigos dos Blogs para participarem do II FESTIVAL MUNDIAL DA PAZ que será sediado em Goiânia em setembro de 2009, onde haverá uma belíssima "Caminhada Mundial da Paz", no dia 03 de setembro.
Entre no Site:http://festivalmundialdapaz2.ning.com/
Inscreva-se e manifeste sua Paz em seu país.

Catarina Cavalcante de
Jesus,
"CHAMA DA PAZ" A Luz que nunca se apagará !!!
comenta para o "O LIVREIRO DE CABUL"
O que elas estão lendo!?


Um grande e carinhoso abraço.

Pedrita disse...

amiga, vim aqui ler em detalhes pq agora já li esse livro. vc tb se chocou dele impedir q os filhos estudassem, é muito incoerente. talvez o medo da pobreza o fizesse ser irracional nesse aspecto. eu tb tenho muita raiva da violência que praticam com as mulheres e do pensamento retrógado. beijos, pedrita

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