segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A MULHER DE TRINTA ANOS

A Mulher de Trinta Anos - Honoré de Balzac
Número de páginas: 174 - Martin Claret
Tradução: Pietro Nassetti

Por que leu este livro?
Porque prometi a mim mesma que quando chegasse aos 29 anos desvendaria o mistério da mulher balzaquiana para que, quando me tornasse uma, soubesse com propriedade o significado da expressão.

O livro é sobre...
A parte mais engraçada é que o livro não começa contando sobre uma mulher de trinta anos. Ele começa contando a história de Júlia aos 19 anos e tece sua vida, quais seus encantos de juventude, seus enganos e dissabores até os 50 anos.


Tudo isso na perspectiva de uma mulher que se casa e passa por todas as convenções sociais.


Não fosse pela maestria de suas palavras, pelo contexto político, pela severidade crítica que encontramos em algumas linhas, que somente um bom escritor consegue inserir em um romance, eu diria que era um romance Sabrina, mas há profundidade nas descrições de época, costumes e perspicácia no que diz respeito à alma feminina.

Falando claramente, o livro fala de uma mulher que casa, não é feliz, não tem coragem de trair o marido uma primeira vez, mas chegando aos 30 anos começa a trair mesmo, com afinco. Acha que contei tudo do livro? Que nada, ele é cheio de histórias, de suspense, de reviravoltas.

Pontos fracos?
Algumas imprecisões do próprio autor, que nos confunde um pouco, mas que as notas da Editora ajudaram muito a esclarecer.

O que achou mais interessante?
A forma como o autor consegue traçar de modo atemporal meios para reflexões acerca da mulher enquanto suas escolhas.

Neste livro Balzac não pauta a mulher pelas amarras da sociedade. Não que ignorasse. Ao contrário, ele ultrapassa o viés dos problemas sociais que a mulher enfrenta e mostra outro lado, que nem sempre fica claro: quando a mulher pode fazer suas escolhas, escolhe mal e, dos seus erros, culpa o mundo.

Como se suas desgraças coubessem aos outros. Mas a sabedoria e a vivência que só a idade é capaz de dar, mostra à protagonista e ao leitor o desenrolar da história de um modo muito bem construído, próximo do real, que uma mulher próxima dos 30 (ou passada deles) é capaz de compreender.

Para quem recomenda?
Com certeza para as mulheres que vivenciam o retorno de saturno, as já balzaquianas e pós.

Para as que ainda estão longe dos 30 não recomendo, pois acharam o livro simplesmente fatalista.

Que nota você dá?
10

Sissi - Sissilandia

11 comentários:

Pedrita disse...

não é a obra do balzac que mais gosto, mas há trechos interessantes. mas é outra época, vc mesma disse q vai até os 50 anos. idade que se vivia na época. poucos viviam mais e tinham a longevidade que temos hj. e hj as mulheres atrasam a maternidade, boa parte delas, pelo profissional, então aos 30 estão cuidando da vida profissional e nem sempre do casamento. acho que tudo é bem mais diferente hj do q na época q o balzac escreveu e essa obra é escrita por um homem, o q igualmente traz outra perspectiva. beijos, pedrita

Letícia Alves disse...

Foi o primeiro livro de Balzac que li e antes de completar trinta anos.
Gosto muito desse livro e o autor soube retratar os costumes e tradições de uma época.
Hoje bastante modificada.
Sempre vale a pena reler.
Beijos Tempestuosos!

Depois dos 25, mas antes do 40! disse...

Sisse, tenho esse livro, mas nunca peguei com vontade para ler. Acho que vou deixar para quando curzar os 30! E falta pouco....

Beijossssss

Anônimo disse...

Li este livro e gostei bastante. Nunca tinha lido Balzac antes. Tenho que tentar ler outros.

Bjs.
Elvira

Anônimo disse...

Este tb foi o primeiro livro do balsac que eu li e este livro me deixou uma significatica informação, pois ele cita que aos trinta ou após os trinta, nos mulheres temos mais informações sobre a vida, mais marcas, menos ilusões,e igual ou melhor capacidade de apreciar o amor, e que o homem que tem a capacidade de observar toda a natureza sabia e apaixonante de uma mulher nesta fase, podera viver uma relação adversa e recebera desta mulher uma gama de sensaçoes e percepçoes que numa idade mais tenra, teriamos dificuldades em revela-la.
Eu idico este livro porque ele faz com que nos apreciemos em qualquer idade e porque o autor tem uma maneira poética e lírirca de falar sobre o amor e eu gostei muito de sua narrativa. Abraços, gostei deste blog

Luiz Vita disse...

Parabéns pela escolha!!!

Vou dar uma dica interessante para quem está virando os 30 no velocimetro da vida: "A Idade da Razão", de Jean-Paul Sartre. Depois me contem.

Cidinha Dias disse...

Acho que eu sou a única mulher do mundo que ainda não li esse livro (apesar de já ter 35), mas depois dessa descrição me deu uma vontade enorme de correr numa livraria e comprá-lo.

IsaBella disse...

Ainda não lí esse livro... não pq falta um pouco pra eu ter 30 anos! hhehehehee... (to esnobando, né?!? hehehehe)mas, pq nunca tive curiosidade de ler!

confesso que ele será um livro q lerei qdo chegar nessa idade!

SISSI!!!!
ADORO VOCÊ!!!!!!!!!!!
Hiihhihihi!
Beijinhussssssssssss!

dade amorim disse...

Gosto de vir aqui, sempre se aprende mais um pouco, assim como se aprende lendo autores como Balzac, que fala de outra época e de outros costumes (e o mundo se transforma cada vez mais depressa). É enriquecedor conhecer as coisas como já foram, como agiam nossos ancestrais, de que massa nos formamos. Um ótimo blog, meninas.

JOF disse...

Apesar de não ter chegado aos 30, ainda, quero ler. Djá!!!!
Adorei a dica.
Beijocas

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ disse...

E eu tenho esse livro aqui em casa há anos e ainda nao o li. Vou lá tirar as teias de aranha dele...

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